"Rompendo Barreiras Através da Musicoterapia e da Dança.
Resumo
Participar de uma experiência musical e de dança é uma forma de expressão corporal, pois provoca uma série de processos neurofisiológicos e psicológicos identificáveis e desenvolve reações motoras, perceptivas e cognitivas que ativam processos afetivos e de socialização, facilitando um canal de comunicação com o autista.
Estudo da realidade
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento do indivíduo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estimasse que haja mais de dois milhões de autistas no Brasil e 70 milhões no mundo.
Sorocaba, cidade de quase 700 mil habitantes, não conta com um serviço público educacional direto para atender a demanda existente. Este atendimento é realizado por ONGs, atendimentos conveniados ao primeiro setor na cidade com números de sessões determinadas e escola Especial Particular.
Há uma demanda reprimida de aproximadamente 60 crianças e adolescentes em busca de diagnóstico, atendimento terapêutico e educacional específico.
Justificativa
Sabe-se que A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade, explica Maristela Smith coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas (Uni-FMU), em São Paulo. Nos autistas, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
No autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o Musicoterapêuta.
O aumento no número de crianças com suspeita ou com diagnóstico de autismo traz a necessidade de atendimento especializado para atender essa demanda. Considerando a LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social de n° 8.742/1993) a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução 109 /2009) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/1990) AMAS têm por finalidade desenvolver atividades que trabalhem a habilitação e reabilitação, a socialização e inclusão da criança/adolescente autista na sociedade e trabalhar com as famílias para amenizar a sobrecarga que os cuidados contínuos e diários trazem ao responsável.
Ações desenvolvidas
Impactos sociais
2. Oferecer educação básica de qualidade para todos
Impacto Externo
As atividades estão de acordo com as Iniciativas do ODL 2, pois visa ao apoio a educação integral do autista.
Por meio da observação e relatórios realizados pelos profissionais envolvidos no Projeto, conseguiu-se avaliar que todos os alunos que participaram das oficinas de musicoterapia e dança, tiveram uma melhora na interação com a atividade desenvolvida, em sua comunicação (compreensão da linguagem corporal e visual pelos professores) e com o grupo o que melhoraram a sua qualidade de vida.
7. Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
Impacto Externo
As Atividades deselvovidas estão de acordo com ODL 7, pois promove a educação ambiental.
Nas oficinas de musicoterapia, foram confeccionados instrumentos simples com materail reciclado (lata de refrigerante, garrafa PET), que além de se trabalhar o conceito de reutilização de materias, que contribuiem para a preservação ambiental, trabalhou a coordenação motora do autista, sua concentração na atividade e interação, fortalecendo sua inclusão social.
8. Estabelecer parcerias para o desenvolvimento
Impacto Externo
As Atividades desenvolvidas estão de acordo com o ODL 8, pois promove a Inclusão, a Valorização e a Capacitação da Pessoa com Deficiência.
Por meio das oficinas de Música e Dança, conseguimos estabelecer a comunicação entre o autista e o profissional, a qual se deu por meio do comportamento, sorriso, olhar e em alguns casos, verbalmente; também foi trabalhada a coordenação motora do autista, sua interação no grupo, percepção dos instrumentos, o que Valoriza o autista, pois respeita suas limitações; Capacita, ao inseri-lo em atividades que refletiram em seu comportamento, diminuindo os movimentos estereotipados o que contribui para sua Inclusão Social.