Exposição fotográfica "Amor além da dor"
Resumo
A fotógrafa Claudia Silva em parceria com a Liga Sorocabana realizam o projeto Amor além da dor, produzindo fotos de pacientes com câncer de mama e seus familiares, pessoas que traduzem "Amor" para as pacientes, incentivando o cuidado pessoal, a melhora da auto-estima das pacientes e alertando a população para a prevenção. O auto-exame é fundamental para aumentar as chances de um diagnóstico precoce. A sua conscientização é uma ação de grande necessidade. A valorização da imagem da mulher é uma das formas de se resgatar a auto-estima. O projeto foi realizado de a outubro de 2015 e ainda percorre pela Cidade, com as assistidas da Liga Sorocabana de Combate ao Câncer e com ações na Cidade de Sorocaba.
Estudo da realidade
Segundo dados do IBGE, em 2010, a mortalidade no Brasil por câncer de mama aumentou para 20,4 pessoas por 100 mil habitantes, entre mulheres de 30 a 69 anos.
No mesmo ano, ocorreram cerca de 12.852 mortes , segundo INCA. Já na cidade de Sorocaba surgem em média 500 casos novos a cada ano, segundo o Jornal Cruzeiro do sul.
Conforme o ODL 5, ODL 6 e ODL 8 é necessário desenvolver a consciência preventiva relacionada a saúde da mulher e fomentar a prevenção e combate as doenças e Incentivar a educação social e o acesso a informação.
Justificativa
Tendo em vista o estudo da realidade, o auto-exame é fundamental para aumentar as chances de um diagnóstico precoce. A sua conscientização é uma ação de grande necessidade, observada pela iniciativa do ODL 6 que inclui projetos de ações que abordam prevenção, tratamento e conscientização no combate à doenças. Para as pacientes em tratamento, a baixa auto-estima é comum. Então, uma das formas de se resgatar a auto-estima é a valorização da imagem da mulher, recuperando sua alegria de viver e a força interior. Conforme as iniciativas da ODL 5 , projetos de valorização dos diversos papéis femininos e da importância de se cuidar e Projetos de conscientização da importância de exames preventivos, são ações a serem desenvolvidas na cidade.
Ações desenvolvidas
Impactos sociais
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
Impacto Externo
“Conforme depoimento espontâneo de 15 mulheres participantes do projeto constatou-se que as mesmas estão com a autoestima pessoal mais elevada, se sentem mais valorizadas e reconhecidas pela sociedade e familiares, ao serem fotografadas antes, durante e pós-tratamento do câncer de mama e ao verem sua história de luta, coragem, e cuidado pessoal ser contado por meu de imagens em mostras fotográficas”.
Paciente Aline:
Olá! Sou transplantada de fígado pela segunda vez,
e através da alta dose da medicação imunossupressor
que tomei devido ao retransplantee para evitar rejeição do
órgão, ao zerar a imunidade facilitou para que as células cancerígenas se manifestasse, nisso me desenvolveu o câncer de mama. Descobri apenas três mês após a cirurgia do transplante. Ao sentir uma fisgada na mama esquerda, fiz o autoexame de toque e senti um nódulo palpável, ainda muito debilitada devido a circunstância com isso pra mim foi mais delicado, ainda muita abalada psicologicamente tive que reunir forças para conseguir seguir em frente. Como tenho muita fé emDeusnão foi difícil. Recomecei uma nova batalha!Logo de início fiz a cirurgia retirei um quadrante e fiz esvaziamento da axila.Em seguida entrei com as quimioterapia. (Foi indicado 04 sessões das vermelha e 12 das branca e 30 sessão de radioterapia). Fiz as 04 vermelha, até que não tive complicação apenas as reações. Quando comecei as brancas já estando na 06 quimioterapia,tive uma alteração muito alta nos exames hepático um pikode rejeição do órgão transplantado. Os médicos acharam melhor interromper. Em seguida fiz as rádio.Entrei com tomaxifenoe infelizmente também tive complicações. Junto ao
imunossupressor que tomava me desenvolveu uma
pulmonar. Novamente teve que interromper e estou sem reforço com a opção da medicação zoladexa discutir, devido a outras complicações
que tive. Já no total realizei 11 cirurgia! Fico nessa luta de desequilíbrio entre o tratamento do
câncer, transplante hepático e as complicações que surgem quando menos espero. Mas estou firme!
Deus no comando sempre! Já me superando, comemorando meus novos cabelos, uma etapa que pra mim foi muito difícil na perda dos cabelos tinha muita vergonha não me via com lenços e por ter apenas 27 anos chamava muito atenção das pessoas. Ficavam surpresa por ter câncer de mama.
No começo eu mesma tinha preconceito também escondia no que podia com maquiagem
perucas com boinas. Mas é inevitável não crescer com essa doença, não amadurecer.
Ao passar dos meses fui me aceitando e se importando cada vez menos com as opiniões alheia!
Consegui a me adaptar por lenços, não tinha mais vergonha! Reconquistei minha autoestima!
Me aceitei fiz as pazes com as circunstâncias!
Hoje sou outra pessoa! Já a quase dois anos em tratamento. Uma experiência única! Mas não impossível,
sendo eu a prova viva disso. Luto pra mim e por qualquer outra que esteja nessa luta.
Como venho vencendo, e me superando creio que qualquer outra pode vir comigo.
Coloquei o sorriso no rosto, a paz no coração e a confiança em Deus.E seja o que ele quiser.
Autoestima sempre! Como podem ver nas fotografia. Ao fotografar via e vejo que o mais importante é minha vida pulsando e que apesar de tudo o sorriso me acompanha nessa jornada fortalecendo
me cada vez mais. Tive o privilégio de receber o carinho de Cláudia Silva.
Minha fotógrafa predileta amiga e companheira
Resgatar a autoestima, fortalecer o vínculo com o corpo e mostrar que até mesmo em uma situação tão difícil como esta, a paciente é uma mulher de verdade – e linda!
Com este propósito, a fotógrafa Claudia Silva desenvolve um trabalho inédito em Sorocaba, em parceria com o Grupo Andanças. As pacientes e ex-pacientes são convidadas para fazer em ensaio sensual, sem qualquer custo. As melhores imagens vão para o acervo de uma exposição anual, organizada pelo Andanças, e que percorre diversos pontos da cidade, como shoppings, instituições municipais, Poupatempo, clínicas, hospitais, empresas, entre outros.
“Estamos com nossa segunda exposição, que teve início em 2013 e já foi vista por mais de um milhão de pessoas”, conta a fotógrafa. Todo este trabalho começou à três anos, quando Cláudia Silva foi convidada por Elisa Neiva, coordenadora do Grupo Andanças, para fazer este trabalho com suas pacientes. A idéia inicial era fazer fotos para os folders e cartazes da campanha Outubro Rosa, mas o trabalho foi tão elogiado, que se transformou em acervo para exposições.
“No inicio foi muito difícil, afinal fotografar pacientes que estavam doentes, sensíveis e sem os cabelos, algumas vezes até mesmo após uma quimioterapia ou a colocação de sondas, exigia doação completa não só de tempo como de sentimentos. Assim, dividindo a dor e o cuidado, foi surgindo o meu carinho e a amizade com todas elas e delas comigo. Fomos nos conhecendo e as próprias meninas foram se sentindo mais a vontade, até começarmos fazer fotos mais sensuais, dando origem à segunda exposição fotográfica. Hoje percebo que consegui, com as fotos, colocar pra fora a beleza de cada uma dessas mulheres tão singulares, e agradeço pela força e generosidade de compartilharem isso, mesmo passando por momentos tão delicados”.
A fotógrafa é conhecida por realizar ensaios sensuais com mulheres “comuns”, não-famosas, que muitas vezes querem dar um book de presente para os maridos, noivos, namorados. “É um trabalho de muita sensibilidade. Nenhuma mulher precisa ter o corpo perfeito para fazer um ensaio desse tipo. Qualquer mulher fica linda!”, declara Claudia.
Mozão
Um dos mais recentes trabalhos da fotógrafa foi a cobertura da gravação do clipe de Lucas Lucco, o cantor sertanejo universitário que alcançou grande sucesso com o clipe Mozão (com mais de 8 milhões de visualizações pela internet). A música conta uma história de amor e superação: sua namorada descobre que tem câncer de mama. A gravação aconteceu em Sorocaba e teve a participação especial de mulheres do Grupo Andanças.
O trabalho de Claudia Silva pode ser visto pelo site: www.claudiafotografa.com
Fonte: Portal Sorocaba.com
http://www.sorocaba.com.br/antásti/fotografa-faz-trabalho-inedito-com-pacientes-em-tratamento-de-cancer-de-mama-em-sorocaba-356#ad-image-0
Impacto Interno
Eu como colaboradora voluntária da ong me senti mais motivada a seguir em frente com meu projeto por ver a força crescer nas mulheres fotografadas, me senti sensibilizada em colaborar com o aumento da auto estima delas e os laços de amizade cresceram entre eu fotógrafa e pacientes.
Além de estreitar laços com a equipe da Liga Sorocabana de Combate ao Câncer.
6. Combater a Aids, a malária e outras doenças
Impacto Externo
A circulação da exposição em lugares de grande movimentação, jornais, revistas, rede sociais, fez um alerta para as mulheres para realizarem exames periódicos de rotina, para um diagnóstico precoce e cuidar mais da saúde.
Assim como as pacientes de Câncer ou qualquer outra doença a prevenção é muito importante, distribuição de folhetos informativos com fotos das pacientes, ajudam no alerta.
Paciente Paula:
Descobri um câncer de mama em setembro de 2013,
aos 36 anos de idade. Estava em uma fase da minha vida
em que eu imaginava que estava tudo no seu devido lugar, estava feliz em todos os aspectos, me sentindo bonita, talvez na melhor fase da minha vida.
Com o tratamento perdi meus longos cabelos, minha auto estima,
só não perdi a fé em Deus, pois sabia que os planos Dele sempre
seriam melhores que os meus.
O câncer vem desestrutura toda a sua vida, desorganiza tudo, pra depois aos poucos reorganizar tudo novamente e mostrar que somos muito mais que cabelos longos e belos pares de seios.
Este ensaio com a querida Claudia Silva veio pra que eu possa resgatar minha auto estima e ver que fui mais forte que o câncer, que devo me orgulhar das cicatrizes que tenho, pois são sinais de que sobrevivi.
Obrigada Claudia Silva pela oportunidade
e parabéns pelo belo trabalho, que Deus sempre
te abençoe muito!!
Paula Mendes
Fui fotografada em 2013!
No pior momento da pior notícia que eu poderia receber,
junto de tantas informações e recomendações, prováveis cirurgias, aquele turbilhão de pensamentos ruins,
dias e noites de choro, incertezas e inseguranças.
Receber o convite para fazer algumas fotos foi muito importante
pois senti nelas a chance de me sentir bonita no meio de
todo aquele processo . Me ajudaram também a pensar que
tudo isso seria uma fase, e que logo tudo iria ficar bem, conheci mulheres lindas que passavam pelo mesmo processo, mulheres maravilhosas,
com as fotos me senti útil pois ali pude
transmitir de alguma forma para algumas pessoas o
alerta da doença e que é possível sim a cura .
Me senti pronta pra recomeçar, me senti VIVA!
Cristiane Ribeiro
8. Estabelecer parcerias para o desenvolvimento
Impacto Externo
O acesso a informação é muito importante, com a Exposição fotográfica consegui atingir um grande número de pessoas, que pensaram em realizar exames, em cobrar os exames de um familiar ou um amigo, que se disponibilizaram, após ver a dor do outro a ajudar, ser voluntário e fazer a diferença na vida das pessoas, com a exposição as fotos elevam a auto estima das pacientes, mas tamb´´em fala de preveenção e cuidados com a saúde, fala de força e garra para vencer os obstáculos , com o meu trabalho tento passar o tempo todo que a fé é uma grande aliada.
O impacto do meu trabalho já atingiu o programa do fantástico da rede globo, então acredito ter sido bem divulgado com as exposições em Sorocaba.
Matéria sobre Autoestima recuperada
Paciente do quadro do dr Dráuzio Varella do Fantástico, que procurou meu trabalho para se sentir mais bela após um tratamento.
Na reportagem aparece Cátia Jonas Dias, que venceu a primeira batalha contra a doença e realizou dupla mastectomia e reconstrução na mesma cirurgia. Quando ficou sabendo sobre a sessão, a própria paciente pediu para participar contatando Cláudia por meio de uma rede social. “Escolhi a Claudia para fazer estas fotos porque já havia visto o trabalho dela com outras pacientes e gostei muito. A experiência foi maravilhosa!”, comemora. Ela foi a última a posar para as fotos.
“O ensaio, para mim, foi uma comemoração de superação de vitória de luta contra o câncer”, desabafa. “Quando casamos não fazemos álbum de fotos de recordação? Eu queria ter uma recordação positiva desta fase onde meu tratamento está ficando mais suave”, completa Cátia que continua se tratando. “Tenho que fazer mais duas aplicações de uma medicação. Já fiz um primeiro retorno ao mastologista que pediu exames de controle e graças a Deus não deram nada. Espero, assim que terminar os medicamentos, poder fazer a reconstrução do mamilo das duas mamas em setembro próximo”.
Cláudia trabalha com o projeto há cerca de cinco anos. Para projetar as fotos do jeito que pretende, ela conta que busca sempre o potencial diferente de cada uma delas. “Procuro o melhor ângulo de cada paciente e destacar a beleza que cada uma tem”, indica. Além disto, a profissional enfatiza o poder de superação que cada modelo apresentou durante o trabalho. “Aprendo a cada ensaio e me surpreendo com a força das pacientes. Com certeza, a melhora da autoestima é aparente”.