Tramas Ancestrais
Resumo
A Associação Indigenista de Maringá (ASSINDI) em parceria com os indígenas artesãos da Terra Indígena Ivaí do município de Manoel Ribas trabalham em parceria para confeccionar e comercializar o artesanato Kaingang em um modelo "fair trade", possibilitando uma nova forma da venda desses artesanatos que atenua a comercialização nas ruas de Maringá, protegendo os indígenas das vulnerabilidades sociais. Oferecemos um espaço de acolhimento em Maringá que dispõe de refeitório, abrigo, centro social e espaço de lazer para as crianças, contando com uma equipe técnica e voluntários que trabalham em prol do bem-estar e integração dos Kaingang no município.
Estudo da realidade
Atualmente os artesãos indígenas precisam se deslocar das aldeias até as cidades afim de comercializar o artesanato produzido na aldeia. 90% da população da Terra Indígena Ivaí sobrevive da venda do artesanato. Assim, o presente projeto pretende diminuir a vulnerabilidade social e econômica dessa população, diminuindo a exposição dos indígenas aos riscos das ruas na cidade e valorizando as peças artesanais.
Justificativa
A população indígena do Paraná passou por um processo de expropriação que impossibilitou essa população de viver de recursos da natureza e manter o modo de vida tradicional, isso faz com que hoje os Kaingang da Aldeia Ivaí, necessitem da venda do artesanato para sobreviver, sendo este a sua principal fonte de renda.
Objetivo geral
Gerar renda aos artesãos com a venda do artesanato através do "fair trade".
Ações desenvolvidas
Oferecer condições de trabalho e habitabilidade para que os indígenas produzam os artesanatos na Assindi;
- Acolher os indígenas através do serviço de Casa de Passagem indígena, oferecendo: alimentação, abrigo, curadoria e atendimentos psicossociais.
Aproximar o produtor (artesão) do consumidor através da divulgação das peças artesanais nas redes sociais;
- Fazer contato com as lojas de artesanato através de e-mail, telefone, WhatsApp, e ir pessoalmente em lojas que possam utilizar nossos artesanatos como embalagem, por exemplo, floriculturas, cafeterias, queijarias,etc, e também intermediar vendas para o consumidor final.
- Cadastrar os artesãos no Sicab (Sistema de Informações Cadastrais Brasileiro) onde eles terão acesso a carteira nacional de mestre artesão e poderão participar de feiras e exposição em âmbito nacional. Cadastro na Rede ArteSol, que é uma rede nacional do artesanato cultural brasileiro, que faz o mapeamento, articulação e divulgação do artesanato.
- Articular o contato de designers brasileiros que trabalham para grandes lojas e desenvolvem peças exclusivas com os artesãos para colocar no mercado nacional e internacional.
Impactos sociais
Economia
Impacto Externo
A partir do relato das artesãs Kaingang foi possível perceber que o trabalho com encomendas aumentou o valor atribuído aos produtos indígenas, gerando assim maior valor de venda e renda para as necessidades primárias das participantes do projeto.
Impacto Externo
Através de roda de conversa as artesãs indígenas Kaingang da Terra Indígena Ivaí acolhidas na Associação Indigenista de Maringá relataram o benefício de não precisar se expor nas ruas da cidade para vender o artesanato indígena. estando assim, num lugar acolhedor, seguro e saudável para o exercício da venda dos seus produtos.
Educação
Impacto Externo
A partir do feedback dos clientes nos meios urbanos ressaltou-se que o consumo de produtos naturais originários dos povos indígenas estimula o consumo consciente, responsável e sustentável.